Segundo a comissão organizadora da convenção, o adiamento tem a ver com a campanha eleitoral dos concorrentes à presidência do partido e do secretário-geral, que deve acontecer num período de 30 dias.
Esta quarta-feira, 23, o secretário-geral cessante, Muata Sebastião, apresentou a pré-candidatura para a sua própria sucessão.
Muata Sebastião disse que durante o seu mandato permitiu dar maior visibilidade ao partido, não obstante as questões financeiras e as várias barreiras que a organização enfrentou.
"Hoje o partido está representado em todas as províncias do país, fruto de esforços de todos, e, caso vença as eleições, vamos dar mais dinamismo ao partido", garantiu.
As candidaturas tendo em vista a realização da 5ª Convenção do Bloco Democrático (BD), que vai eleger o novo presidente do partido e o secretário-geral, estão abertas desde segunda-feira, 21, em Luanda.
O coordenador da comissão preparatória, Zeferino Kuvingua, disse ao Novo Jornal, que o prazo para a entrega das candidaturas termina no dia 25 deste mês.
Segundo apurou o Novo Jornal, o actual presidente do partido, Filomeno Viera Lopes, será o único candidato à sua sucessão, havendo apenas candidaturas ao cargo do secretário-geral do partido.
A convenção vai definir a sua posição na Frente Patriótica Unida (FPU), que já conta com uma baixa, a do PRA-JÁ Servir Angola, de Abel Chivukuvuku, que foi aconselhado pelos delegados ao 1º Congresso Constitutivo a abandonar a FPU.
Segundo apurou o Novo Jornal, a questão da possível saída do Bloco Democrático da Frente Patriótica Unida tem sido levantada nos corredores políticos em Angola.
O Bloco Democrático não participou oficialmente nas eleições de 2022, (só alguns dos seus membros entraram pela lista da UNITA), e na próxima votação corre o risco de ser extinto, se não voltar a constar no boletim de voto.
O Bloco Democrático (BD) surgiu em 2010, na sequência da extinta Frente Para a Democracia (FpD), ditada pela não realização dos mínimos requeridos por Lei 0,5% nas eleições de 2008.