Segundo um comunicado de imprensa do partido, Ivo Miguel Gonçalves Ginguma, Victor Leandro Passos Lopes e Nsimba Luwawa, "que estiveram envolvidos em tentativas ilegítimas de usurpação da liderança do partido, já não podem falar em nome desta formação política".
"Após terem visto as suas pretensões rejeitadas pelo Tribunal Constitucional (TC), onde ficou clara a ilegitimidade das suas ações, estes cidadãos decidiram agora recorrer a novas manobras difamatórias, recorrendo ao Tribunal de Contas com mais uma calúnia infundada e sem qualquer respaldo legal", diz a nota.
O PHA diz que estes "indivíduos não cumpriram o acórdão do Tribunal Constitucional" e, por esse motivo, "estão totalmente desprovidos de qualquer legitimidade para representar ou intervir em nome do PHA".
O partido liderado por Florbela Malaquias "repudia veementemente" todas as tentativas de desestabilização interna e assegura que "continuará firme na defesa da legalidade, da transparência e dos interesses dos seus militantes e da sociedade angolana".
Refira-se que, recentemente, o TC concluiu que alguns membros da comissão política nacional do Partido Humanista de Angola, que decidiram afastar Florbela Malaquias do cargo de presidente do partido, não têm competência para o fazer.
O TC esclareceu ainda que substituir a presidente do partido constitui desobediência ao acórdão 1001/25, de 05 de Junho, que impediu os requeridos de exercerem as suas funções na direcção.
Alguns membros da comissão política do PHA deliberaram a destituição da sua presidente, que acusaram de gestão danosa, violação dos estatutos e apropriação de bens do partido.
Segundo estes membros, na sequência de um inquérito instaurado, ficou confirmado que Florbela Malaquias "violou gravemente" os estatutos do partido e praticou gestão danosa do património do PHA.
Em declarações aos jornalistas, à margem do conclave do PHA, realizado sob o lema "Consolidando a Democracia Interna", Florbela Malaquias reafirmou o compromisso de conduzir a organização política rumo aos novos desafios eleitorais, tendo como principal meta o reforço da presença do partido no Parlamento e o enraizamento da sua ideologia no seio da sociedade angolana.
Florbela Malaquias apontou como prioridade para o próximo ciclo político o reforço da estrutura partidária em todas as províncias, num contexto em que o país passou de 18 para 21 províncias, o que, segundo afirmou, impõe maiores exigências logísticas e financeiras.