Segundo apurou o Novo Jornal junto da CIVICOP, durante a cerimónia, que será presidida pelo ministro da Justiça e Direitos Humanos, Marcy Lopes, será realizado o acto formal de entrega dos restos mortais do general aos familiares, e, no dia seguinte, será dado início ao velório e às devidas homenagens, seguindo-se o cortejo fúnebre para o cemitério da Santana, onde deverá ocorrer a inumação.
Segundo o Ministério da Justiça e Direitos Humanos, esta homenagem está integrada no plano de tributo à memória das vítimas dos conflitos políticos ocorridos no País no período compreendido entre 1975 e 04 de Abril de 2022.
O evento, de acordo com o Ministério da Justiça e Direitos Humanos, "resulta de um trabalho meticuloso, cientificamente rigoroso de recolha de amostras (sangue e saliva), para testes de ADN, que foram cruzadas com os exames às ossadas da vítima".
Refira-se que a CIVICOP já entregou as ossadas de Nito Alves, Monstro Imortal, Sianouk e Ilídio Ramalhete, esses ligados ao MPLA.
No que diz respeito à UNITA, foram já entregues e inumadas as ossadas do antigo secretário-geral da UNITA, Alicerces Mango, e do chefe da delegação deste partido na Comissão Conjunta, Salupeto Pena.
O Executivo angolano prometeu a construção do "Memorial às Vítimas dos Conflitos Políticos" com o propósito de preservar a identidade e homenagear as pessoas envolvidas nestes conflitos, de 1975 a 2002.
O Memorial vai ser edificado entre as ruas "Dr. António Agostinho Neto" e a "Dack Doy", na Praia do Bispo.
A parte externa do edifício vai contar com uma árvore petrificada "Mulembeira", com 12 metros de altura e de cor branca, simbolizando a paz , à semelhança dos espaços que são encontrados nas aldeias, onde os mais velhos transmitem aos mais novos a sua sabedoria sobre a resolução de conflitos.
O Memorial, que inicialmente estava previsto ser construído na encosta da Boavista, foi deslocado para as ruas "Dr. António Agostinho Neto" e "Dack Doy", na Praia do Bispo, por orientação do Chefe de Estado.
Sobre o valor do custo da obra, os últimos dados indicam que a empreitada do memorial às vítimas dos conflitos políticos vai avançar, depois de a empresa Nova Jiangsu ter ganhado o concurso público.
A obra, avaliada em 17, 2 mil milhões de kwanzas (33,8 milhões de dólares), vai ser fiscalizada pela DAR-Angola, que cobrará 508, 4 mil dólares.