"Nós vamos fazer o trabalho dentro da instituição", disse ao Novo Jornal Adalberto Costa Júnior quando fazia o cadastramento durante o processo de acolhimento.

Uma das prioridades da UNITA nesta legislatura, diz ACJ, é "rever a Constituição".

"Precisamos da eleição directa do Presidente da República e de não retardar o poder local", afirmou.

Esta manhã, Liberty Chiyaka, que vai continuar como líder parlamentar do partido do "Galo Negro", afirmou igualmente que "o maior desafio da Angola moderna é a despartidarização das instituições do Estado", desafio que a UNITA assumiu.

"Angola é um regime de transição democrática e o grande desafio dos deputados, particularmente do grupo parlamentar da UNITA, é contribuir para a consolidação do Estado democrático de direito".

Os novos deputados já fizeram o juramento, esperando apenas a eleição do presidente da Assembleia Nacional, cargo que será assumido, pela primeira vez, por uma mulher, a antiga ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, número três das listas do MPLA. Falta ainda conhecer o nome dos secretários de mesa.

Nas eleições de 24 de Agosto, o MPLA obteve 51,17 por cento e 124 deputados e a UNITA 43,96 por cento e 90 deputados.

Entre os partidos mais pequenos, foi o PRS quem chegou mais longe, ficando em 3º lugar, com 1,14%, seguindo-se a FNLA, com 1,06%, e o PHA, com 1,02%. Todos eles com dois deputados eleitos garantidos.

A CASA-CE, com 0,76%, a APN, com 0,48%, e o PJANGO, com 0,42% dos votos, não conseguiram qualquer assento parlamentar.

Dos mais de 14 milhões de eleitores inscritos, votaram 6.454.109, o que corresponde a 44,82%. Não votaram mais de sete milhões, equivalendo a 55,18% de abstenção.