O processo de acolhimento dos deputados, a decorrer na Assembleia Nacional, não condiciona a tomada de posse dos deputados no dia 16 de Setembro, mas pode ser visto como uma oportunidade para marcar posição em caso de ausência alargada até à hora limite.

"Na legislatura anterior, o processo de acolhimento dos deputados foi feito depois da tomada de posse dos deputados", lembrou ao Novo Jornal uma fonte da Assembleia Nacional.

A direcção da UNITA, segundo o porta-voz do partido, Marcial Dachala, está reunida para tomar uma posição no que diz respeito à tomada de posse prevista para o dia 16 deste mês.

Depois do processo de acolhimento, os deputados do MPLA, PRS e PHA, que fizeram este procedimento, participaram num seminário de integração sobre o funcionamento do Parlamento, interacção com os meios de comunicação social, bem como as regras protocolares e cerimonial em vigor.

Nas eleições de 24 de Agosto, o MPLA obteve 51,17 por cento e 124 deputados e a UNITA 43,96 por cento e 90 deputados.

Entre os partidos mais pequenos, foi o PRS quem chegou mais forte, em 3º, com 1,14%, seguindo-se a FNLA, com 1,06%, a PHA, com 1,02%. Todos estes partidos com dois deputados eleitos garantidos.

A CASA-CE com 0,76%, a APN com 0,48 por cento e PJANGO com 0,42% dos votos não conseguiram qualquer assento parlamentar.

Dos mais de 14 milhões de eleitores inscritos, votaram 6.454.109, o que corresponde a 44,82%, e não votaram mais de sete milhões, correspondendo a 55,18% de abstenção.