Este sábado, a CASA-CE também escolheu a província de Luanda, para pedir aos mais de 14 milhões de angolanos que depositem confiança na sua formação política, tal como a Frente de Libertação Nacional de Angola (FNLA), o P-NJango, a APN e o Partido Humanista Angolano.

A UNITA, maior partido da oposição, promete, para este sábado, um "grandioso comício" no Zaire, com a presença do seu líder e candidato à Presidência da República, Adalberto Costa Júnior, mas o encerramento da campanha terá lugar em Luanda, na segunda-feira.

Durante a campanha eleitoral, o partido do "Galo Negro" insistiu na existência de "factos indesmentíveis" que beliscam o processo eleitoral, exortando os eleitores a ficar nas assembleias após a votação, no dia 24 de Agosto.

Uma das denúncias nesta campanha foi sobre a inclusão de mortos no Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores (FICM), a outra foi a deslocação de eleitores.

Um pedido da oposição que não foi atendido pela Comissão Nacional eleitoral (CNE), durante a campanha eleitoral tem a ver com a afixação dos cadernos eleitorais nas zonas dos registos, principalmente nos municípios, para que os cidadãos saibam, com certeza, onde vão exercer o seu direito de voto.

Entre várias acusações, destacam-se a de o Estado fazer "uso abusivo e excessivo dos tribunais para interferir na vida dos partidos políticos", reduzindo a competição saudável destes.

Os partidos políticos não cessaram de criticar o desempenho dos órgãos estatais de comunicação social na cobertura eleitoral, em que o partido no poder foi o grande beneficiário.

O analista político Andrade Londa destacou que a campanha para as eleições de 24 de Agosto decorreu "sem incidentes" e apelou aos candidatos à Presidência da República e deputados para aguardarem pelos resultados "com humildade".

"Não houve nenhum incidente, agora vamos aguardar pelos resultados. Esperamos que pleito eleitoral decorra sem sobressaltos".

Estão autorizados a concorrer às eleições gerais de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e a coligação CASA-CE.Do total de 14,399 milhões de eleitores esperados nas urnas, 22.560 são da diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América.

A votação no exterior terá lugar em países como a África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), a Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e a República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).

Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).

A Comissão Nacional Eleitoral criou 13.238 assembleias de voto, constituídas por 26.443 mesas, no território nacional, enquanto que para a votação dos eleitores inscritos no estrangeiro foram criadas 26 assembleias de voto com 45 mesas de voto. Para este total de mesas de voto foram recrutados 105.952 membros.