Rita Laranjinha que se encontra em Angola para analisar a parceria no âmbito do projecto "Caminho Conjunto Angola-UE" consubstanciado em acções de investimento nas diferentes áreas do desenvolvimento económico, disse, em conferência de imprensa, que "sentiu vontade em Angola para convidar observadores da UE".

"Durante o encontro que tivemos com os responsáveis do MPLA, UNITA e Bloco Democrático, estes partidos também expressaram a vontade da missão da UE para observar as eleições em Angola", acrescentou Rita Laranjinha.

Durante os encontros que manteve com os políticos angolanos, segundo ela, foi defendida a transparência nas eleições convocadas para 24 de Agosto.

Nas eleições de 2017 a União Europeia não enviou missão de observadores às eleições gerais.

Na altura o Governo argumento que não aceitaria acordos específicos com organizações convidadas a observar as eleições gerais.

A União Europeia havia pedido a assinatura de um memorando de entendimento prévio para observar as eleições, mas viu o pedido negado pelo Governo de Angola.

Refira-se que no encontro com o chefe da diplomacia angolana, Téte António, a directora da UE para África, Rita Laranjinha, o tema principal foi a "Sexta Reunião Ministerial", entre outros temas de interesse comum.

Os diplomatas trataram ainda assuntos relacionados com a defesa e segurança, com destaque para a situação prevalente na República Centro Africana (RCA), bem como o papel que Angola tem jogado no âmbito CIRGL.

Com sede em Bruxelas (Reino da Bélgica) e com representações em todo o mundo, o Serviço Europeu para a Acção Externa (SEAE) tem como objectivo garantir uma maior coerência e eficácia da política externa europeia, assim como reforçar a influência da Europa a nível mundial.

A SEAE apoia o Alto Representante da UE na condução da política externa e de segurança da União Europeia, gere as relações diplomáticas e as parcerias estratégicas com países que não pertencem à comunidade europeia, além de colaborar com os serviços diplomáticos nacionais dos países da UE, as Nações Unidas e outras potências mundiais.

A instituição promove a paz através de apoio político e económico, garante a segurança ao abrigo da política comum de segurança e defesa, e mantém boas relações com os países vizinhos mais próximos da UE, no quadro da política europeia de boa vizinhança.

A Directora para a África do Serviço de Acção Externa da UE tem igualmente a responsabilidade de prestar ajuda humanitária e dar resposta a situações de crise, além de contribuir para a luta contra as alterações climáticas e tratar de questões relacionadas com os direitos humanos.