"Este é um OGE do regime que quer perpetuar-se no poder, um orçamento da fome, da miséria. Este é um orçamento da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) ilegal, disse o líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka, na sua declaração política.
Para o deputado, no OGE, o Executivo tem boas intenções, mas não resolve os graves problemas que os angolanos enfrentam no seu dia-a-dia.
"Temos de encontrar soluções que resolvam os problemas de milhares de angolanos a comerem nos contentores, porque passados 49 anos de independência nacional, o balanço é uma humilhação e frustração", disse.
De acordo com o deputado, o sonho dos angolanos depois de 49 anos da independência, é de sair e ir ao encontro do colonizador.
"O OGE 2025 é de amigos do partido FRELIMO de Moçambique, onde houve golpe constitucional com resultados eleitorais fraudulentos. Chegou a hora de dizer basta", referiu o parlamentar.
A UNITA diz que não vai aprovar um OGE com muitas "zonas cinzentas", que beneficia um grupo de pessoas.
O Bloco Democrático (BD), que tem os seus deputados na lista da UNITA, diz que a maioria parlamentar do partido do regime pretende uma aprovação "forçada" de tão importante documento "para confortar a vontade do ditador, afundando, mais uma vez, o povo angolano na degradação e no sofrimento, confortando os interesses dos grupos de poder e fazendo do parlamento um simples cartório que apenas carimba, com o visto bom, as propostas do Executivo".
"Perante esta atitude autoritária, o BD condena veementemente esta prática reprovável a todos os níveis e conclama a todos os angolanos a não se calarem perante mais um grave atentado à democracia representativa e participativa", diz o BD.
Segundo o BD, a Assembleia Nacional não deve ser um espaço de legislação da ditadura, da má governação e, muito menos, de instrumentalização do Orçamento Geral do Estado.
O Bloco Democrático reitera o seu compromisso com as causas populares, pela libertação social, pelas liberdades de manifestação e imprensa, pelo exercício pleno da cidadania em todos os municípios do País, e repudia estes moldes de aprovação da Lei do Orçamento Geral do Estado de 2025, "uma prática abusiva a que tem se oposto reiteradamente e de forma determinante".