De acordo com o secretário do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa, Luís Fernando, para marcar a hospitalidade e a amizade entre os dois povos, o Presidente da República vai receber as chaves da cidade e será proclamado cidadão honorário de Abidjan.

João Lourenço vai visitar também as áreas industriais em expansão e manter um encontro interactivo com a comunidade angolana residente naquele país.

Angola e a Costa do Marfim assinaram, no passado mês de Abril, em Luanda, o Processo Verbal, um instrumento jurídico que detalha e resume uma panóplia de compromissos assumidos pelos dois Estados com previsão de serem implementados nos próximos tempos.

A assinatura do Processo Verbal aconteceu no âmbito da I Sessão da Comissão Mista de Cooperação entre a República de Angola e a República da Costa do Marfim, cuja finalidade foi a de reiniciar e dar uma nova dinâmica às relações político-diplomáticas, com vista a produzir resultados benéficos no curto, médio e longo prazo.

As delegações de Angola e da Costa do Marfim reuniram-se em Luanda, de 15 a 17 deste mês, a definir também caminhos para dar um novo impulso na cooperação, em áreas como o Turismo, Agricultura, Justiça e Direitos Humanos, Telecomunicações, entre outros de interesse comum.

Refira-se que em 2002, O Governo angolano enviou um destacamento militar para a Costa do Marfim com o objectivo de ajudar as forças leais ao Presidente Laurent Gbagbo a combater uma rebelião.

O contingente militar angolano chegou a Abidjan, capital do País, transportado na altura em dois aviões, bem armado e com dois veículos blindados.

O contingente militar angolano na altura, (segundo a revista "Jeune Afrique") estava a ser comandado pelo coronel Vitor Manena da Unidade Guarda Presidencial que tinha a missão de apoiar a guarnição do antigo Presidente Laurent Gbagdo.

Segundo a mesma revista, o regime angolano tem um sentimento de gratidão por Laurent Gbagdo por ter sido a figura que após assumir o poder na Costa do Marfim, ajudou no desmantelamento das redes de influência da UNITA de Jonas Savimbi naquele País que eram inicialmente apoiadas pelo falecido "pai da nação" marfinense Félix Houphouët Boigny, que tinha como primeiro-ministro,Alassane Dramane Outtarra.