O Congo vai assumir, amanhã, a presidência rotativa da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), que, desde Janeiro de 2014, estava nas mãos de Angola, por dois mandatos consecutivos.
Segundo uma fonte diplomática, Angola, durante a sua presidência, tentou encontrar soluções duradouras para os múltiplos problemas, como as endemias que a região enfrenta, e criar um ambiente favorável à segurança, estabilidade, reconstrução e desenvolvimento.
Durante a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da organização, que decorre em Brazzaville, João Lourenço fará a entrega do testemunho ao seu homólogo congolês, Dennis Sassou Nguesso.
A Região dos Grandes Lagos, que é composta por todos os territórios dos onze estados membros da Conferência, adoptou mecanismos nacionais de coordenação que facilitam a implementação do Pacto dos Estados membros, nomeadamente a cimeira, que é o órgão que integra os Chefes de Estado e de Governo dos países membros.
A crise dos Grandes Lagos arrasta-se há muitos anos e já provocou, só na RDC, mais de dois milhões e 700 mil mortos, para além de feridos, desaparecidos, refugiados e outras vítimas.
Criada em 1994, esta organização integra, além de Angola, o Burundi, República Centro-Africana (RCA), República do Congo, República Democrática do Congo (RDC), Quénia, Uganda, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.