A cerimónia está a ser preparada há vários dias mas foi, já esta quarta-feira, beliscada com o anúncio da ausência do líder da UNITA, o principal partido da oposição, tendo Adalberto Costa Júnior acusado o MPLA e o seu presidente, e Presidente da República eleito, de terem assaltado o poder auto-atribuindo-se o poder com o suporte ilegal da CNE e do Tribunal Constitucional.
Entre os Chefes de Estado presentes, conta-se o português Marcelo Rebelo de Sousa, que há cinco anos viu João Lourenço, estrategicamente, mencionar um conjunto alargado de países prioritários para Angola nas suas relações com o exterior, ignorando Portugal, criando um dos casos daquela investidura, circunstância que desta feita não deverá suceder devido ao estreitamento evidente da amizade entre ambos os Chefes de Estado.
Aliás, Marcelo Rebelo de Sousa é o único Chefe de Estado de um país europeu presente nesta cerimónia, sendo, assim, Portugal o único dos 27 a fazer-se representar pela sua principal figura de Estado
Dos países lusófonos vão estar ainda os Presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, de Cabo Verde, José Maria Neves, de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, e da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, isto, segundo o MIREX, que informou ainda que de Moçambique está o ministro da Defesa e de Timor-Leste a sua embaixadora em Luanda.
A República do Congo, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Zâmbia, Namíbia e Zimbabué são alguns dos países africanos com representação de alto nível hoje em Luanda.
A Tanzânia e o Burundi. Cuba, Ruanda, Madagáscar e Essuatíni enviam os seus primeiros-ministros.
A Lusa avança que o Governo chinês terá um enviado especial, Liu Yuxi, enquanto os Emirados Árabes Unidos, Catar, Argélia, Venezuela, Nicarágua, Chade, Senegal, Gana e Sérvia estarão representados a nível ministerial.
Estarão também presentes os líderes de organizações internacionais, nomeadamente o presidente da comissão da União Africana, Moussa Faki Mahmat, o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, o secretário-executivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, Elias Magossio, o presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), Gilberto Veríssimo, e o secretário-executivo da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacifico, Georges Chikoti.
Esta cerimónia está a ter a sua segurança garantida por milhares de elementos da Polícia Nacional, através das suas unidades especiais e de segurança pública, e das Forças Armadas Angolanas.
Recorde-se que João Lourenço, encabeçando as listas do MPLA chega ao segundo mandato ao ter conseguido 51,17 por cento e 124 deputados e a UNITA 43,96 por cento e 90 deputados.
Entre os partidos mais pequenos, foi o PRS quem chegou mais forte, em 3º, com 1,14%, seguindo-se a FNLA, com 1,06%, a PHA, com 1,02%. Todos estes partidos com dois deputados eleitos garantidos.
A CASA-CE com 0,76%, a APN com 0,48 por cento e PJANGO com 0,42% dos votos não conseguiram qualquer assento parlamentar.
Dos mais de 14 milhões de eleitores inscritos, votaram 6.454.109, o que corresponde a 44,82%, e não votaram mais de sete milhões, correspondendo a 55,18% de abstenção.