As províncias do Kuando Kubango e do Moxico podem ser fragmentadas administrativamente de forma a parar o despovoamento de uma parte significativa do território angolano, tendo em conta que se trata das duas maiores regiões do país, mas com apenas 1, 3 milhões de habitantes em 422 quilómetros quadrados.
Bornito de Sousa, Ministro da Administração do Território, avançou esta ideia ontem, explicando que está em causa tomar medidas que impeçam a ocupação do território, devido à sua baixa densidade populacional actual, por parte de estrangeiros a partir dos países vizinhos.
O governante defende que a actual situação, onde a escassa população destas províncias dificulta a presença das instituições do Estado angolano numa parte significativa do país, “pode originar uma invasão silenciosa por parte de países fronteiriços, cuja densidade populacional cresce a cada ano".
De acordo com Bornito de Sousa, a ideia que está a ser estudada compreende a divisão do Moxico, com apenas cerca de 750 mil habitantes espalhados pelos seus 223 mil quilómetros quadrados, em duas novas regiões administrativas; e separação do Kuando Kubango, com 199 mil quilómetros quadrados, para aproximadamente 500 mil habitantes, também em dias.
O Kuando Kubango e o Moxico, juntas, têm pouco mais de cinco por cento dos mais de 25 milhões de habitantes de Angola.
Para a concretização desta reforma administrativa é necessária a concordância do Conselho de Ministros e da Assembleia Nacional.