Segundo o relato da polícia, através do seu departamento de comunicação da Lunda Norte, na madrugada de Sábado, cerca de 300 elementos ligados ao Movimento Protectorado Lunda Tchokwe, armados com espingardas automáticas AKM, de caça e armas cortantes e engenhos explosivos artesanais, procuraram invadir a esquadra da vila do Cafunfo-Cuango.
Ali, ainda segundo a polícia, procuraram colocar uma bandeira do seu movimento, tendo, nesta acção, ferido dois oficiais, um da PN e outro das Forças Armadas Angolanas, tendo igualmente resultado na morte de quatro destes elementos e ferimentos em cinco, dois destes acabaram por sucumbir posteriormente já em tratamento hospitalar.
Fontes citadas a partir da Lunda Norte por vários media nacionais e internacionais apontam para a morte de pelo menos 14 pessoas e cerca de duas dezenas de feridos graves, embora estas informações careçam de informação mais detalhada.
A polícia denomina esta acção do Movimento Tchokwe como um "acto de rebelião", sendo mais uma das muitas que nos últimos anos é organizada por este movimento autonomista que reivindica a autonomização das Lundas face ao poder central de Luanda, ao qual as autoridades nacionais dedicam especial atenção em matéria de segurança e "intelligentsia", sendo comuns as detenções dos seus lideres ou simples elementos de base.
Recorde-se que a versão dos dirigentes do Movimento aponta para uma outra realidade no terreno, nomeadamente a ausência de armas entre os elementos que se manifestavam na madrugada/manhã de Sábado
Citado pela imprensa, José Mateus Zecamutchima, presidente do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, as forças de segurança avançaram contra os manifestantes quando estes se dirigiam para o local marcado para a concentração, tendo negado qualquer tentativa de ocupação da esquadra da PN no Cafunfo, tendo a manifestação sido precedida de uma informação ao governo provincial como a lei determina.