A UNITA considera que a nova composição da CNE é "ilegal", e acusa o MPLA de ter perpetrado um "golpe constitucional". Segundo Adalberto Costa Júnior, "sem a CNE e sem o TC, o MPLA não tem condições de manter o poder".
A nova composição, que passou com 116 votos do MPLA, atribui ao MPLA nove representantes na CNE, à UNITA, quatro, ao PRS, FNLA e PHA, um a cada.
O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, afirmou, à porta da Assembleia, que o MPLA precisa de controlar a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e o Tribunal Constitucional para manter o poder em Angola.
"Por esta via, estamos a dizer que as instituições não querem andar dentro do Direito, isto é um sinal claro de desespero, que sem a CNE e sem o TC, o MPLA não tem condições de manter o poder", disse Adalberto Costa Júnior.
O líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiaka, disse que a UNITA vai recorrer aos órgãos competentes para que a CNE funcione dentro da legalidade.
A deputada do MPLA, Ruth Mendes, lamentou a ausência dos deputados da UNITA, frisando que, no Parlamento angolano não há ditadura.
"Não há ditaduras na Assembleia Nacional, a UNITA habituou-nos à política de cadeira vazia", acrescentou.
O Grupo Parlamentar do principal partido da oposição avisou recentemente que se o MPLA aprovar a proposta de resolução que altera a composição da CNE desencadeará um contencioso judicial".
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