"Defendemos a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida das famílias, a redução das desigualdades e da pobreza, a promoção da desconcentração e da descentralização territorial e a criação de condições que dinamizem a competitividade territorial", disse ao Novo Jornal Manuel Fernandes.

A CASA-CE, segundo o seu líder, considera fundamental reverter o quadro actual e modernizar o Estado, através de reformas que consolidem a cultura política do constitucionalismo democrático multipartidário.

"A CASA-CE pretende protagonizar mudanças para poder redinamizar o País através de um programa de Governo que permita reformar o Estado, sanear a economia, relançar a produção, incentivar a iniciativa e a criatividade e dialogar com a sociedade civil para a criação de condições de riqueza para o País e para os angolanos, que merecem, há muito, uma vida de bem-estar e de realização plena dos seus talentos e espírito criador", apontou.

"O programa de Governo da CASA-CE propõe tarefas para conferir dignidade aos trabalhadores nacionais em todos os sectores", disse Manuel Fernandes, que promete a criação de mais postos de trabalho, com vista a valorizar os quadros nacionais.

Manuel Fernandes defende também um sistema de educação" equitativo, rigoroso, baseado nos princípios da igualdade de oportunidades".

Sobre o combate à corrupção, a CASA-CE defende um novo modelo baseado na negociação directa com os que delapidaram os recursos, ao invés de "medidas musculadas" e defende também a implementação das autarquias num prazo de dois anos.

"Vamos procurar institucionalizar no País um alto-comissário contra a corrupção, que se responsabilizará pela condução de toda a política administrativa de combate à corrupção", referiu.

"Há muita corrupção no País, o surgimento de um alto-comissário vai matar alguns vícios dos governantes", acrescentou, salientando que não vai combater a corrupção através de um mero discurso.

O presidente da CASA-CE realçou a importância das autarquias para a solução de alguns problemas, como é o caso da seca que afecta o sul do País.

"A questão da descentralização é um elemento fundamental para o desenvolvimento do País. No Governo da CASA-CE a implantação das autarquias será prioridade", referiu, destacando que a reconciliação nacional "deve ser uma conduta que enaltece o convívio saudável entre todos, sem ódios nem ressentimentos, sem supremacias nem servilismos".

"A reconciliação deve ser a aceitação do outro na sua condição e visão, não uma imposição ou política de clemência de quem se considere mais forte por estar no controlo do poder", referiu.

O Governo da CASA-CE, de acordo com o político, vai "apostar no crescimento económico sustentado, através de um sistema de economia de mercado e de livre iniciativa privada".

Disse que o seu projecto vai concretizar-se com o financiamento dos produtores com créditos bonificados, o alargamento das zonas de cultivo e a criação de condições para o escoamento dos produtos.

"A CASA-CE entende a segurança nacional como sendo a actividade organizada do Estado e dos cidadãos, que visa a protecção, defesa, paz, e a tranquilidade do País, com ênfase na sua população, contra as ameaças e agressões externas e internas, e face aos perigos derivados de acções humanas e catástrofes naturais", notou.

A CASA-CE foi fundada em 2012 e é uma coligação de cinco partidos políticos - Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e Partido Democrático Popular de Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).

Estão autorizados a concorrer às eleições gerais de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e da coligação CASA-CE.

Do total de 14,399 milhões de eleitores esperados nas urnas, 22.560 são da diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América.

A votação no exterior terá lugar em países como a África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), a Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e a República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).

Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).