O chefe de Estado encontrou-se, esta quinta-feira, em Moscovo, com o homólogo Vladimir Putin, para testemunhar a assinatura de sete novos protocolos de cooperação, que deverão impulsionar as relações entre os dois países.
Na presença de João Lourenço e Vladimir Putin foram rubricados, no Kremlin, acordos nos domínios da Justiça e Direitos Humanos, Pesca, Agricultura, sobre reconhecimento recíproco de habilitações literárias e qualificações de graus académicos.
As partes assinaram, também, protocolos no sector dos diamantes, de exploração e utilização do espaço para fins pacíficos, bem como o memorando de entendimento entre a ENDIAMA e ALROSA respeitante às actividades geológicas e minerais.
Foi também rubricado o memorando de entendimento entre o Instituto Geológico de Angola e a Rosgeologia da Rússia, com objectivo de promover a cooperação no domínio dos estudos geológicos e identificação de projectos.
Antes da assinatura dos acordos, João Lourenço condecorou o Presidente Vladimir Putin com a Ordem Agostinho Neto, a mais alta distinção do Estado angolano.
Na véspera, o Presidente da República, questionado sobre as razões para a condecoração do seu homólogo russo, Vladimir Putin, com a Ordem Agostinho Neto, João Lourenço respondeu que a razão principal "senão mesmo a única" é a necessidade de "agradecer ao povo russo todo o apoio que ao longo de décadas prestou e continua a prestar ao povo angolano".
"Desde muito cedo, mesmo antes de Angola ser um país, e pensamos que, se alguém merece receber este reconhecimento, a medalha Agostinho Neto, sem sombra de dúvidas que os primeiros dos primeiros deve ser o povo russo", garantiu.
A Ordem Agostinho Neto, constituída por um único grau, é concedida a nacionais e estrangeiros, em particular Chefes de Estado e de Governo e líderes políticos.
O último Chefe de Estado condecorado foi Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, durante a visita a Angola, em Fevereiro.
Outros dos condecorados com a Ordem Agostinho Neto foram Nelson Mandela, em 1990, José Eduardo dos Santos, em 1991, Kenneth Kaunda, Omar Bongo, Aristides Pereira, Denis Sassou-Nguesso, Robert Mugabe, Quett Masire, Joaquim Chissano, Manuel Pinto da Costa e Fidel Castro, todos em 1992.