Além dos 14 mortos, o registo diário contabilizou mais 119 casos novos da infecção, sendo Luanda e Bengo as províncias mais afectadas, com 44 casos cada uma, seguindo-se o Icolo e Bengo, com 25, a Huíla e o Zaire com um, e o Kwanza Sul surge já com quatro infecções.

Até ao final de sexta-feira, 07, estavam internadas 236 pessoas, embora estes números oficiais devam estar subavaliados porque, como notava ainda esta semana o médico Jeremias Agostinho, especialista em saúde pública, na rádio Essencial, por cada caso confirmado deve-se acrescentar quatro que continuam por identificar.

As razões para esta subavaliação são, por norma, os casos assintomáticos, ou ainda porque os hospitais recebem doentes mas não possuem os compostos para testar, embora estes apresentem todos os sintomas da infecção pelo vibrião colérico.

Como recorda a Lusa, desde o início do surto, a 7 de janeiro, foram reportados 2.591 casos, sendo o 1.311 na província de Luanda, 902 na província do Bengo, 352 na província do Icolo e Bengo, 5 na província do Huambo, 5 na província do Zaire, 5 na província da Huíla, 4 na província de Malanje, 4 na província do Cuanza Sul, 2 na província do Cuanza Norte e 1 na província do Cunene, com idades compreendidas entre 2 e 100 anos.

Em termos cumulativos, o total de óbitos ascende a 91, dos quais 44 na província de Luanda, 36 na província do Bengo, 10 na província do Icolo e Bengo e 1 na província do Cuanza Sul.

O grupo etário mais afectado é o dos 2 aos 5 anos de idade, com 397 casos e 12 óbitos, seguido do grupo etário dos 10 aos 14 anos de idade, com 342 casos e 8 óbitos, acrescenta a tutela, em comunicado.

Para tentar controlar a doença, associada a más condições de saneamento, falta de higiene e falta de qualidade da água, o governo iniciou uma campanha de vacinação abrangendo quase um milhão de pessoas.