De acordo com o director-adjunto de Comunicação Institucional e Imprensa da Polícia Nacional, Mateus Rodrigues, durante a fase voluntária foram entregues apenas 1.548 armas, o que corresponde a apenas 3,7% das armas controladas, que eram 42.042 armas.

Ainda de acordo com a polícia, a operação que vai decorrer até 5 de Março, permitirá retirar das mãos das empresas de segurança privada e sistemas de autoproteção mais de um total de 40.494 armas de guerra, impondo o uso de armas orgânicas, permitidos por Lei, designadamente espingardas de calibre 12mm e pistolas semiautomáticas de calibre não superior a 6.75 mm.

Mateus Rodrigues explica ainda que a polícia registou o extravio por roubo ou furto de um total de 254 armas de fogo das empresas de segurança privada entre Janeiro de 2024 e Fevereiro deste ano.

Segundo o responsável, estas empresas têm sido "uma fonte para alimentar o mercado das armas por parte dos marginais", adiantando que com que esta medida pretende-se inverter este quadro.

A Polícia Nacional, que controla 4.093 empresas, sendo que destas 1.645 não estão licenciadas, iniciou em Janeiro do ano passado, o desarmamento das empresas de segurança privada.

O processo tinha o prazo de seis meses, até Junho, mas foi depois estendido até Dezembro, a pedido das empresas que alegam falta de recursos financeiros para a aquisição das armas que chegam a custar mais de 400 mil kwanzas.

Apesar das várias tentativas e inciativas deste género lançadas pelas autoridades, como pode ser revisitado nos links em baixo, esta questão continua longe de ter uma solução.