O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 07, pelo director adjunto de Comunicação Institucional e Imprensa da Polícia Nacional, subcomissário Mateus de Lemos Rodrigues, durante uma conferência de imprensa de pré-balanço da operação, que decorreu de 18 de Fevereiro a 5 de Março.

De acordo com a Polícia, o pré-balanço da operação identificou factores críticos de insucesso, relacionados com postos localizados em zonas recônditas, que não permitiram a recolha das armas de guerra no período estabelecido para a operação.

Foi também identificada a existência de armas de guerra, a cargo de empresas privadas de segurança e sistemas de autoproteção, que foram roubadas, furtadas e transferidas de postos, sem que estas comunicassem à polícia, conforme determinado por lei.

Dados preliminares apontam para a recolha, em todo o país, de um total de 11.590 armas de guerra, sendo 9.424 recolhidas coercivamente e 2.166 entregues de forma voluntária. Foram ainda recolhidos 9.377 carregadores e 53.174 munições, que se encontravam em posse de empresas privadas de segurança e sistemas de autoproteção.

Quanto aos modelos de armas de guerra recolhidas, constam 9.408 AKM, 02 PKM, 04 Galil, 01 Mini Uzi, 06 pistolas e 03 caçadeiras.

Em relação ao controlo estatístico da recolha por território, destacam-se as províncias de Cabinda, com 100% das armas de guerra recolhidas, Zaire, com 99%, Moxico, com 92%, Cunene, com 88%, e Bié, com 72%.

A província de Luanda recolheu cerca de 1.329 armas de guerra, 1.326 carregadores e 7.224 munições, um número muito inferior às estimativas da Liga Nacional das Empresas de Segurança e Sistemas de Autoproteção, que apontam para 29 mil armas em posse destas empresas localizadas na capital.