Embora a Lei Geral do Trabalho estabeleça a proibição da labuta antes dos 14 anos, prevendo apenas raríssimos casos excepcionais, todos eles dependentes de um complexo sistema de autorização envolvendo o Estado, pais ou tutores, o País continua a registar vários atropelos à norma, pois é cada vez mais crescente o número de menores de 14 anos a trabalhar.
Logo às primeiras horas do dia 9 de Junho, Catarina José, de 12 anos, caminha em direcção ao Mercado do Asa-Branca, carregando uma bacia cor-de-rosa à cabeça, na qual estão colocadas mais de uma dezena de embalagens cheias de água fresca.
Com um olhar tímido e um corpo franzino, aliás, características de uma criança da sua idade, Cátia, como também é conhecida, além da bacia à cabeça, carregava um saco de água fresca na mão, que servia como amostra para anunciar o seu produto em vários corredores do conhecido mercado, localizado no município do Cazenga. "Tá aqui água fresca! Tá aqui água bem estaladinha", anunciava a pequena de uma voz fina e trémula.
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