Segundo a polícia, o acusado, identificado pelas autoridades como Carlos da Fonseca Pedro, 49 anos, colocado no Exército, assassinou a vítima por motivos "fúteis", ou seja, após a vítima, a 23 deste mês, ter ido à procura da sobrinha do homicida, sua (amiga) e também pertencente às testemunhas de Jeová.
A polícia, que conta com a ajuda do SIC-Luanda, procura o homem em contra-relógio para evitar que se some mais vítimas e que seja detido o quanto antes.
Isto, devido a relatos que as autoridades ouviram no bairro da Caop, aquando da perícias e exames forenses no local do crime, de que o homem tem um histórico de comportamento violento recorrendo sempre à arma de fogo com a qual costuma efectuar disparos aleatórios.
Gilberto Figueira, tio da vítima, disse ao Novo Jornal que a sua sobrinha tinha algumas amigas e irmãs testemunhas de Jeová, mas questiona-se sobre o porquê de o oficial das Forças Armadas Angolanas ter reagido com dois disparos pelo facto de a sua sobrinha ter batido à porta da habitação do homicida.
"A minha sobrinha simplesmente foi bater à porta para contactar familiares daquela casa, do vizinho militar que até tem filhas e filhos que também são religiosos. O senhor recebeu a minha sobrinha com dois tiros", conta, ressaltando que não importa os motivos, "não lhe dá o direito de efectuar disparos pelo facto de alguém ter batido à porta da sua residência".
O tio de Márcia Caxito, assassinada pelo militar foragido lamenta a perda da sobrinha da forma mais cruel, o que o leva a pensar que é preciso "reflectir seriamente" sobre a sociedade que se está a construir em Angola