Já não constitui novidade para ninguém que o sector das Águas em Benguela vai de mal a pior, com milhares de famílias dependentes de remendos no sistema de distribuição, mas o recorrente argumento da falta de substituição de equipamentos começa a perder força perante a observação crítica de técnicos que questionam a utilidade das obras emergenciais, apurou o Novo Jornal.
Em menos de uma semana, período marcado por manifestações de revolta nas quatro cidades do litoral, duas avarias técnicas voltaram a fazer soar os alarmes, agora com a opinião pública de olhos no Programa Integrado de Infra-Estruturas Emergenciais, que reserva 80 milhões de euros para as Águas.
Com este montante, longe do ideal, é certo, para uma província que viu interrompida a terceira fase do PAB, Projecto de Águas de Benguela, Governo Provincial e Empresa de Águas e Saneamento esperam recuperar a capacidade perdida nos últimos tempos, mas a realidade, três anos depois do início da empreitada, mostra um cenário adverso.
Do casco urbano às periferias, passando pelas centralidades, todo o litoral (Benguela, Lobito, Catumbela e Baía Farta) anda agitado e em apuros, com famílias à procura de alternativas para contrapor as largas horas de cortes no fornecimento.
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