Foi através da maioria parlamentar (a oposição votou contra), que o partido no poder goza na Assembleia Nacional, que o Executivo viu triunfar, na quarta-feira, 24, a alteração a uma lei que abre portas à exploração de petróleo e de outros recursos naturais em zonas com a presença de uma singular biodiversidade no País. Sem atirar "a toalha ao tapete", ambientalistas antecipam cenários e alertam para o risco que a revogação à Lei das Áreas de Conservação Ambiental (Lei 8/20, de 16 de Abril) deverá provocar às áreas protegidas.
Carmo Montenegro Amândio é especialista em impacto ambiental e assume um discurso crítico à aprovação do normativo que autoriza a exploração de recursos naturais ao longo de zonas reservadas à biodiversidade.
Nem mesmo a promessa de realização de estudos profundos e de operações tecnológicas avançadas pelo Executivo para acautelar eventuais danos ao ecossistema é bastante para evitar um "não!" de Montenegro à pretensão das autoridades que olham para o aumento da base de receitas públicas, com o petróleo na pole position.
"Se o Governo diz que tem perspectiva de colocar tecnologias de ponta para mitigar possíveis impactos, vamos recuar no que já temos: então, nunca se preocupou com o pouco que já temos; há derrames sem controlo...", descreve ao Novo Jornal sobre as linhas que fundamentam a sua constatação.
(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)