Pelo menos 5,5 milhões de pessoas em Angola não se alimentaram de forma saudável em 2020, conclui um relatório intitulado O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo, consultado pelo Novo Jornal.

Divulgado na segunda-feira, 12, o estudo refere que, globalmente, no ano marcado pela Covid-19, houve um agravamento dramático da fome no mundo, com quase um décimo da população mundial a sofrer de subnutrição.

Produzido em conjunto pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Alimentar Mundial (PAM), o relatório, segundo cálculos do NJ a partir dos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), estima que o número de pessoas subnutridas no País seja superior à soma da população total de sete das 18 províncias, nomeadamente: Kwanza-Norte, Namibe, Kuando Kubango, Lunda-Sul, Zaire, Moxico e Cabinda, uma vez que a soma da população dessas zonas é equivalente a pouco mais de cinco milhões de habitantes, número, portanto, inferior aos 5,5 milhões de angolanos subnutridos.

Aliás, o número apresentado no relatório é ainda equivalente a pelo menos 70% da população da capital do País, Luanda, estimada em mais de 8,8 milhões de habitantes.

O documento mostra que a prevalência da subnutrição na população angolana até ao ano passado foi de 17,3%, ou seja, pelo menos 17 em cada 100 pessoas não tinham condições para uma alimentação saudável.

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