A Polícia Nacional (PN) e o Serviço de Investigação Criminal (SIC) do Uíge começaram a ouvir falar de um gangue composto apenas por mulheres que estava a realizar assaltos violentos e à mão armada na cidade em 2020.

Um dos truques deste gangue, liderado por uma jovem de 20 anos, que acabou por ser detida nos últimos dias, conjuntamente com mais 12 elementos d""AS Bad Chandou", era fazerem-se passar por prostitutas para roubarem os automobilistas, atraindo-os para locais devidamente organizados onde os "aliviavam" dos pertences, dinheiro, telemóveis, cartões e, por vezes, as viaturas.

Este bando feminino era composto por 25 mulheres, todas originárias da mesma zona do Uíge, relacionadas por laços familiares e de vizinhança, tendo o SIC detido e conduzido por determinação do Ministério Público a prisão preventiva, 13 delas, incluindo a jovem cabecilha, que, apesar da idade, já estava referenciada pelas autoridades, e, embora nunca tenha sido condenada, é considerada "perigosa" pelas autoridades, como explicou ao Novo Jornal fonte policial.

Esta jovem meliante, residente no bairro Candombe-Velho, no Uíge, segundo as fontes do Novo Jornal, mantinha uma organizada capacidade de gestão do grupo que, além das armadilhas aos automobilistas através da falsa prostituição, mantinha um programa regular de assaltos, incluindo bares, cantinas, residências e viaturas.

Desde 2020 que "As Bad Chandou" aterrorizavam o Uíge, embora não existam registos de homicídios a elas relacionados mas metade do bando está agora detido na cadeia da comarca do Congo, ontem vão aguardar julgamento, enquanto decorrem às investigações para localizar e capturar às outras integrantes do gangue.

"Este grupo é suspeito de ter sido responsável por vários assaltos violentos, desde 2020 até à actualidade, tendo como alvo principal os condutores, bares, residenciais e pessoas na via pública após pedirem boleia", descreveu o porta-voz do SIC-Uíge