Ao Novo Jornal, Manuel Halaiwa disse que o acusado, camponês, foi encontrado na posse de dois dentes de elefante, que se supõe adulto, e chegou a revelar durante os interrogatórios na Direcção de Investigação Criminal (DIC) Bengo que os mesmos teriam como destino a comercialização em Luanda.
Segundo Manuel Halaiwa, o indivíduo já praticava há algum tempo a caça de elefantes, que foi descoberta com base num trabalho de inteligência criminal.
"Ele (o detido) foi detectado com dois dentes, numa altura em que o mesmo procurava meios para os comercializar na capital do País", referiu o responsável.
O director de comunicação do SIC-geral disse que o indivíduo, em prisão preventiva, medida de coação mais gravosa, aplicada pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Bengo, garantiu que tem actuado sozinho nesta prática de crime de abate de animais e tráfico de marfim.
Manuel Halaiwa avançou que as autoridades acreditam que o homem tem praticado este crime com outros elementos, e que "o comércio, para além de Luanda, tem sido igualmente levado para outras regiões, mas, a investigação do SIC-geral já está a trabalhar no sentido de obter dados para perceber se existem indivíduos ligados ao camponês".
Angola leva a cabo a luta contra a venda ilegal de animais selvagens, problema que afecta nomeadamente os elefantes, e se faz sentir também com as redes internacionais de tráfico de marfim há largos anos.
Em 2019, a direcção do SIC-geral efectou uma apresentação de marginais supostamente ligados a uma rede internacional asiática que se dedica, a partir de Angola, ao comércio ilícito de artefactos de elefantes. Até à data desta publicação, segundo apurou o Novo Jornal, a investigação do SIC-geral ainda não conseguiu deter o líder desta rede internacional asiática que se tem dedicado ao tráfico de marfim e abate de elefantes em Angola.