Até ao momento nenhum órgão de comunicação social nacional e internacional entrou na sala do Tribunal Provincial de Luanda onde está a ser julgado o empresário, casado com Irene Neto, filha do primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto.
"Os jornalistas que quiserem entrar devem apenas observar e mais nada", diz uma nota do juiz estampada na porta da 3ª secção criminal onde decorre o julgamento deste mediático caso.
À porta juntaram-se mais de 15 jornalistas que não acederam à sala de julgamento. A família do arguido, que está presente, mostrou-se indignada com a decisão do tribunal.
O jurista Helder Chihuto, que testemunhou a obstrução aos jornalistas considerou ser repugnante a decisão do tribunal, uma vez que o caso é do interesse público.
" Estão a tentar silenciar os jornalistas, isso não se faz! Este julgamento é do interesse público e assim e difícil entender. É triste", afirmou.
O Sindicato dos Jornalistas Angolano já condenou a atitude do juiz principal Edson Escrivão e assegurou que não há nada do ponto de vista legal que leve um juiz a proibir a cobertura de um julgamento.
O Novo Jornal está no local a acompanhar este caso.