Como o recurso não foi respondido, nem tão pouco a reclamação sobre a sua retenção, os juízes da causa, decidiram, após concertação, suspender o andamento normal do julgamento, por tempo indeterminado, até que o recurso seja respondido pelo tribunal.
Mas, antes, a sessão desta sexta-feira esteve suspensa para que os advogados dos arguidos e os juízes, assim como os procuradores, colocassem pondo final no mal-estar que ocorreu na passada quarta-feira, 29 de Junho.
O advogado Picasso Costa, o causídico que fez o recurso, disse aos jornalistas que a sua reacçção surtiu o efeito (suspender o andamento normal do processo até a decisão da reclamação) e o tribunal aceitou porque não tinha outra escolha.
Questionado sobre quanto tempo deverá levar o tribunal a responder ao recurso, o advogado disse não saber, mas apontou que pode não ser este mês, visto que o Tribunal Supremo tem de o apreciar.
Perguntado sobre qual é a substância do recurso, o advogado respondeu que pede a anulação do despacho de pronúncia, a ilegalidade da prisão e também a anulação acusação.
Assim sento, o julgamento do major "milionário" Pedro Lussaty, afecto à Casa de Segurança do Presidente da República, e outros 48 arguidos, está adiando, sem data para o seu recomeço.
Os arguidos são acusados de crimes de peculato, associação criminosa, recebimento indevido de vantagens, participação económica em negócios e abuso de poder e também de fraude no transporte ou transferência de moeda para o exterior do País, comércio ilegal de moeda, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e de falsa identidade.
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