As duas empresas que viram os seus contratos de limpeza e recolha de resíduos sólidos rescindidos por alegada incapacidade técnica acusam o GPL de ter tomado a decisão de forma unilateral.

Ao Novo Jornal, as empresas avançam que foram surpreendidas com a decisão e que só souberam através da imprensa. Por exemplo, o director-geral da Multilimpeza afirma que a medida do GPL foi "unilateral e sem uma prévia notificação". Adelino Fernando não concorda com a justificação dada pelo GPL e fala em "conluio" do «Palácio da Mutamba» com a ELISAL, cujos interesses diz serem "inconfessos". "Só em termos de produção de recolha de lixo, durante o mês de Agosto, fizemos pelo menos seis mil toneladas. Em Setembro, estivemos acima de 2.500. Não sei onde se basearam para alegarem incapacidade técnica", critica.

Adelino Fernando reconhece dificuldade da Multilimpeza na execução dos trabalhos, mas entende que se deve ao facto de, durante muito tempo, com o fim dos contratos em Dezembro, se ter acumulado muito lixo. Garante que Cacuaco registou melhorias.

Informa, por outro lado, que o GPL deve dois meses de pagamento às empresas (Agosto e Setembro). Diz ainda que a cessação repentina do contrato vai forçar o desemprego de pelo menos 300 funcionários, pelo que cabe ao GPL as responsabilidades, por ter tomado a decisão de forma unilateral.

"No contrato, há uma cláusula que diz que, caso haja incumprimento, deve haver uma notificação. Caso não haja melhoraria, aí, sim, pode rescindir-se", explica o director, que apela para o pagamento das dívidas, tendo em conta que o contrato duraria até Dezembro.

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