O Governo apresentou hoje o novo pacote de medidas de prevenção e controlo da covid-19, fixadas pelo novo decreto presidencial, apresentado pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, que informou que as aulas presenciais estão de regresso em todos os estabelecimentos de ensino nacionais ou estrangeiros a partir de segunda-feira, 17.

Continua a ser obrigatória a apresentação do certificado de vacinação ou teste negativo realizado 48 horas antes para acesso aos serviços públicos e privados, estabelecimentos turísticos, salões de casamentos, pedidos, eventos corporativos, recintos desportivos, restaurantes, casinos e espaços públicos ou privados.

Outra das medidas anunciadas é a da lotação dos transportes públicos e privados, que passa a ser de 100%, tal como já havia sido prometido aos taxistas.

Os serviços públicos e privados passam a poder funcionar no período das 06:00 às 16:00, com uma força de trabalho até 50% contrariamente aos 30% determinados no decreto que termina às 23:59 de sábado.

As praias e as piscinas públicas continuam interditadas, mas os restaurantes e similares vêem o horário alargado e poderão funcionar entre as 06:00 e as 22:00. A lotação passa também a ser de 75 por cento, contra os anteriores 50 por cento.

Para as actividades desportivas mantém-se a autorização para os treinos e competições desportivas nas modalidades federadas sem excepção, mas sem a presença de público e com realização de testes antes dos jogos.

Os ajuntamentos nas vias públicas são permitidos até 10 pessoas, com distanciamento físico entre elas, mas a proibição de ajuntamentos domiciliares de carácter festivo e em local não domiciliar mantém-se.

O Governo vai igualmente permitir o funcionamento de casinos e casas de jogo, desde que a lotação não ultrapasse os 50 por cento.

Entre as novas medidas anunciadas pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, está igualmente o aumento da força de trabalho de 30 para 50 por cento nos serviços públicos e privados, assim como o regresso aos postos de trabalho de mães de filhos maiores de 5 anos.

Angola corre o risco de perder cerca de cinco milhões de vacinas que vão perder validade em breve

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar dos Presidente da República alertou para o facto de algumas vacinas começarem a aproximar-se do fim do prazo de validade.

"Neste momento o País tem, até Março, cerca de cinco milhões de vacinas que vão expirar o seu prazo de utilização. Contrariamente a estes cinco milhões de vacinas, que estão em prazo já próximo de expirar, estamos com oito milhões e tal de pessoas que não receberam a segunda dose da vacina", afirmou.

"Estamos preocupados com a vacinação, o País tem mais de 12 milhões de pessoas com uma dose de vacinação, mas tem apenas 4,3 milhões com duas doses de vacinação, significa dizer que temos no País todo até agora, cerca de oito milhões de pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina, o que é bastante preocupante, porque uma dose só não imuniza completamente o cidadão", acrescentou Francisco Furtado.

Entre as vacinas que vão perder validade, o ministro de Estado destacou a AstraZeneca, cujo prazo termina no dia 30 deste mês.

"Entre este número devo chamar a atenção ao facto de existirem mais de 900.000 pessoas por tomarem a segunda dose da vacina AstraZeneca e, deste número de pessoas, o país tem cerca de 800.000 vacinas que vão expirar até ao dia 30 deste mês, o que significa dizer que é preciso que as pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina AstraZenca se dirijam aos postos de vacinação para tomá-la, porque a partir do dia 30 já teremos vacinas que não poderão ser administradas às populações", reforçou.