Com ele, foram igualmente detidos dois instrutores que o auxiliavam neste esquema, bem como três chineses que pagaram 250 mil kz cada para aquisição das cartas, segundo o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa da direcção geral do SIC, Manuel Halaiwa.

Desta vez, os homens não conseguiram atribuir as cartas a este grupo de chineses, porém a direcção do SIC garante que já está em curso uma investigação para se saber a quantidade de cartas que já foram atribuídas neste esquema.

A rede criminosa foi desmantelada no fim-de-semana, na localidade de Kikuxi, dias depois de ter se deslocado para Luanda, vinda do Kwanza-Norte, para fazer cadastramento dos interessados clandestinamente, para a emissão das cartas. O esquema foi entretanto descoberto pelas autoridades, graças a uma denúncia anónima.

O director, segundo o SIC, aproveitava-se da autorização que a escola tinha para tal efeito, através do sistema da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária, e fazia um negócio extra com os estrangeiros, sobretudo com os chineses.

A sede da instituição está localizada no Kwanza-Norte e os estudantes normais pagavam 150 mil kwanzas, enquanto os estrangeiros pagavam 250 mil kz, explica o superintendente-chefe de investigação criminal Manuel Halaiwa, ressaltando que "muitos destes nem chegam a ter aulas de condução".

Os três chineses e a quadrilha serão encaminhados para o juiz de garantias, para responder pelo processo.