O ano lectivo 2021/2022 arrancou há mais de uma semana, mas os alunos das classes da iniciação e do ensino primário continuam a usar os manuais escolares antigos que apresentam muitos erros. O facto deve-se ao atraso na distribuição dos manuais actualizados, mesmo após o Presidente da República, João Lourenço, ter disponibilizado, em Julho último, mais de 21 mil milhões de kwanzas para a produção e actualização dos novos livros.

Os novos manuais escolares são editados e impressos no País, após serem revistos e actualizados por uma comissão multissectorial criada no ano passado por João Lourenço.

O secretário de Estado para os Ensinos Pré-Escolar e Primário reconhece o atraso e assegura, em declarações ao Novo Jornal, haver previsões de os manuais começarem a ser distribuídos ainda este mês, admitindo, no entanto, não existir uma data específica.

"Ainda não temos uma data, não sabemos se será no dia 20, 25 ou 30, mas será no final deste mês", fez saber Pacheco Francisco.

Ao Jornal de Angola, o governante esclarece que os manuais escolares dos ensinos primário e secundário começam por ser distribuídos em todo o País a partir da última semana deste mês e passam a ser utilizados em Novembro. Revelou que o atraso na distribuição dos manuais se deve às limitações impostas pela Covid-19, uma vez que os encontros com os professores responsáveis pela revisão dos livros eram feitos on-line. E, como consequência, explica o secretário de Estado, os três meses previstos para se concluir a revisão dos materiais não foram suficientes, provocando, assim, atraso na distribuição.

Sublinha que a situação não criará transtornos no sistema de ensino, visto que as primeiras oito semanas de aulas estão reservadas para os professores se dedicarem às revisões de matérias ministradas, mas que foram pouco aprofundadas no ano lectivo findo.

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