Em Angola, o ano 2021, além da pandemia da Covid-19, que continua a ceifar vidas, colocando profissionais de saúde a superar todos os limites, também ficará marcado pela realização das inúmeras cirurgias complexas [procedimentos que exigem tratamentos diferenciados] que, até bem pouco tempo, só eram possíveis no exterior.

Estes heróis da saúde Made in Angola realizaram, com sucesso, cirurgias de correcção e remoção de tumores gigantes e em estado avançado, algumas das quais pesando mais de cinco quilos, em diferentes partes do corpo, como face, pescoço, cabeça, mandíbulas, coração e peito. Os pacientes tinham as idades compreendidas entre os cinco e os 75 anos.

Clínicas privadas e hospitais públicos, com destaques para o Américo Boavida, Hospital Josina Machel "Maria Pia" e o Central do Lubango Dr. Agostinho Neto, foram os escolhidos pelos doentes. No Maria Pia, por exemplo, em Julho realizou-se, pela primeira vez, a cirurgia do Genu Varum [doença caracterizada por deformação dos ossos das pernas, concavidade da coxa e saliência do joelho]. Antero Viera, menino de nove anos, foi o primeiro angolano a beneficiar, no País, desde a Independência Nacional, dessa cirurgia. A cirurgia terminou com sucesso, afirma a equipa médica.

Estas proezas levaram a que o Presidente da República, João Lourenço, na sua conta do Twitter, elogiasse os técnicos angolanos envolvidos naqueles "grandes feitos" da Medicina no País.

Na ocasião, João Lourenço referiu que as cirurgias de remoção de tumores, realizadas com sucesso em Angola, concretamente no Hospital Josina Machel, "merecem o nosso apreço e reconhecimento do valor dos nossos quadros".

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