Segundo uma fonte da PGR, o ex-delegado das Finanças e o chefe de contabilidade, Património e Tesouro da Delegação de Finanças do Cunene, foram esta terça-feira, 06, detidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) Cunene, por via de mandado de detenção e na quarta-feira, 07, foram constituídos arguidos pelo magistrado do Ministério Público (MP) e conduzidos para comarca do Péu-Péu, em Ombandja.

Ao Novo Jornal, o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do SIC-geral, superintendente de investigação criminal Manuel Halaiwa, explicou que os crimes remontam ao ano 2017 e 2020, quando os arguidos delapidaram o erário público em 45 milhões de Kwanzas.

"Os factos fazem referência ao período compreendido entre os anos de 2017 e 2020, em que os arguidos delapidaram o erário público no valor 45 milhões de Kwanzas, cuja materialização se operava por via de transferências de valores monetários às suas empresas, geridas por cônjuges e familiares, promovendo actos de contratação a favor das empresas, supostamente com finalidade de prestação de serviços e fornecimento de bens, desprovidos de regras e procedimentos de contratação pública", disse.

Manuel Halaiwa salientou que os actos ilícitos têm "a comparticipação de mais dois arguidos, que forjavam facturas para facilitar a justificação do dinheiro, resultante da simulação da prestação de serviços ou fornecimento de bens".

"No âmbito da instrução preparatória do processo-crime registado no SIC-Cunene, foram os cidadãos ouvidos pelo magistrado do Ministério Público em primeiro interrogatório que determinou como medida de coacção pessoal a prisão preventiva destes", afirmou.