O Sistema de Transportes Rodoviários Regulares Públicos de Passageiros da Província de Luanda conta, actualmente, com 325 autocarros, distribuídos por oito operadoras. O número é considerado inferior face ao actual crescimento demográfico da capital - pelo menos 8,2 milhões de habitantes -, que, de acordo com o chefe do Departamento dos Transportes de Luanda, Jovino Santana, necessita de seis mil novos autocarros para pôr fim às enchentes que se verificam nas paragens.
"Luanda necessita de perto de seis mil autocarros. Hoje, temos disponíveis 325 e a transportarem apenas 50% da sua capacidade em cada veículo. Estas são algumas das razões das enchentes que ainda se registam nas paragens. Estão previstas 109 carreiras [linhas] para os transportes regulares urbanos, com os seus respectivos itinerários e frota mínima a alocar a cada uma dessas carreiras", explicou o responsável ao NJ.
Jovino Santana reafirmou, igualmente, a denúncia feita pelo Governo da Província de Luanda (GPL), em comunicado de imprensa posto a circular esta semana, segundo o qual foram constatadas várias irregularidades na actuação de algumas operadoras, tais como: incumprimentos no número de autocarros em circulação, nos horários, cobranças indevidas, com valores de bilhetes a ultrapassar o estipulado (50 kwanzas), lotação acima de 50% e a não-observância das medidas de biossegurança.
O GPL prometeu penalizar as operadoras em incumprimento com os acordos estabelecidos.
"O Estado tem feito grande esforço em potenciar as empresas operadoras com meios rolantes e, possivelmente, a província de Luanda deverá receber mais autocarros. É necessário que os operadores cumpram com o seu dever social, de transportar a população, respeitando, para tal, os contratos de concessão de exploração. Julgamos, também, que deverá haver iniciativa por parte destas empresas em adquirir novos autocarros, não aguardando apenas que seja o Estado a fazê-lo", sublinhou.
Para melhor fiscalização à actuação das oito transportadoras que operam em Luanda, o GPL informou estar em curso um trabalho que visa aprimorar os mecanismos de denúncias de irregularidades - através dos números 111 (CISP) - 928 582 424 - 928 581 212 -, para que se possa cumprir com as cláusulas do contrato assinado entre as partes.
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