A mesa redonda terá lugar às 15:00 de sexta-feira, 15, no auditório das irmãs Paulinas, em Luanda.

Refira-se que a Fundação Jonas Savimbi é de âmbito nacional e não tem carácter político-partidário.

Depois da sua legalização, dois anos após os filhos terem dado entrada do processo para a sua criação, o coordenador-geral da fundação, Isaías Samakuva, esclareceu em conferência de imprensa que a instituição tem apenas fins filantrópicos, afastando especulações, como a de que estaria a criar um novo partido político.

Na oportunidade, o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, mostrou-se céptico quanto à decisão do Governo de legalizar a fundação, por receios de instrumentalização.

Durante uma reunião do Comité Permanente da Comissão Política, o principal partido da oposição considerou que os filhos do líder fundador do partido, "têm legitimidade" para promover o reconhecimento da fundação dedicada ao seu pai e apelou a que esta "não sofra interferências políticas que a desvirtuem".

Com actuação em todo o território nacional, a Fundação Jonas Malheiro Savimbi tem um património inicial de cerca de 106 milhões de kwanzas, possui plena autonomia administrativa e financeira.

A Fundação JMS é administrada por uma direcção executiva, a par do presidente, tem um director executivo, um director administrativo, um director financeiro, um director jurídico e um director técnico eleito pelo conselho de curadores.

A assinatura do documento de legalização junto do cartório foi realizada por Aleluiah Chilala Sakaita Savimbi, um dos filhos de Jonas Savimbi, que agora é reconhecido como o fundador da instituição.

Jonas Malheiro Savimbi nasceu a 03 de Agosto de 1934, na vila de Munhango, comuna do município do Cuemba, província do Bié, situada ao longo do caminho-de-ferro de Benguela.

O ex-líder da UNITA foi morto em combate a 22 de Fevereiro de 2002, na comuna de Lucusse, na província do Moxico, após uma longa perseguição das Forças Armadas Angolanas (FAA).