A informação foi avançada ao Novo Jornal por um membro de direcção da IURD em Talatona, que preferiu não ser identificado por falta de autorização do Gabinete de Comunicação e Imagem da IURD, tendo avançado que na sexta-feira,18, surpreendentemente, as autoridades começaram a encerrar alguns templos em Luanda.
"Tomamos conhecimento de que alguns templos começaram a ser encerrados na passada sexta-feira, mas, na verdade, a direcção da IURD em Angola não foi informada da decisão do Governo. Nós estamos aqui para colaborar com as autoridades do País ", disse o membro de direcção.
Esta manhã, o Novo Jornal esteve em vários templos da IURD em Luanda e verificou que nenhuma igreja em Alvalade, Maculusso, Morro Bento, Patriota, Benfica, Cazenga e Viana, têm o aviso de encerramento das autoridades colocado de forma visível, pelo menos.
Umas com correntes à porta, outras apenas fechadas... este é o cenário que o Novo Jornal verificou em vários templos da IURD na cidade de Luanda na manhã desta segunda-feira, dia proibido para a prática da actividade religiosa, de acordo com o Decreto Presidencial sobre o estado de calamidade pública.
Diana Estanislau, crente da IURD, contou que ficou triste com a tomada de decisão do Governo, mas admite ser a melhor decisão no meio de tanta confusão entre os fiéis.
Para mais explicações, o Novo Jornal tentou ouvir a porta-voz da direcção da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, Ivone Teixeira, mas esta não atentou as várias ligações.
No passado mês de Agosto, sete templos da IURD em Luanda (Alvalade, Maculusso, Morro Bento, Patriota, Benfica, Cazenga e Viana), no âmbito de um processo-crime por alegadas práticas dos crimes de associação criminosa, fraude fiscal e exportação ilícita de capitais, foram apreendidos pela Procuradoria-Geral da República.