Através de uma mensagem divulgada esta manhã no Twitter, Isabel dos Santos avança que a decisão de retirar os canais SIC da programação da ZAP se explica pelo preço "demasiado caro" cobrado pela estação do português Pinto Balsemão.
Segundo a empresária, a SIC pretendia um milhão de euros pela transmissão televisiva, valor que atribui à "ganância comercial" de Pinto Balsemão.
Apesar de não revelar os valores cobrados pela SIC antes da ruptura, concretizada em Março último, Isabel dos Santos adianta que outros canais, como BBC e Al Jazeera custam por ano 33 mil e 66 mil euros, respectivamente.
O Novo Jornal online contactou a SIC, mas ainda não foi possível obter um comentário.
Recorde-se que os canais da televisão portuguesa SIC - nomeadamente SIC Notícias, SIC Internacional - deixaram de poder ser vistos em Angola na segunda-feira, 5 de Junho, porque a operadora Multichoice decidiu juntar-se à ZAP na opção de os retirar da grelha de oferta.
Tal como a ZAP, que, em meados de Março passado já tinha dito ao Novo Jornal online não existir nenhuma razão extra-empresarial para extrair os canais da SIC da sua grelha, também a Multichoice não apresenta quaisquer motivos de natureza técnica para deixar de emitir os canais do grupo Impresa.
Na altura em que a ZAP decidiu retirar do ar os canais da SIC, os serviços da estação de Pinto Balsemão, contactados pelo Novo Jornal online, remeteram explicações para a operadora angolana, deixando entender desconhecer as razões da ruptura.
Para os mais críticos, porém, a decisão da ZAP não pode ser desligada de algumas reportagens de conteúdo crítico para o Governo angolano emitidas pela SIC. Para além dos canais de TV, o Grupo Impresa integra anda jornais como o semanário Expresso ou a revista Visão.