No local estão autoridades da Protecção Civil e Bombeiros, bem como do Governo Provincial de Luanda (GPL), para avaliar o risco de eventual colapso e a gerir a saída dos moradores.
O lote número 1 do Prenda, de 42 apartamentos, em quatro andares, viu um dos pilares estremecer, o que levou as autoridades a proceder à evacuação do prédio, informaram os moradores ao Novo Jornal.
Segundo Miguela Matamba, moradora há mais de 34 anos no edifício, estava a descansar quando foi surpreendida por um estrondo vindo da estrutura do edifício.
"Trabalhei no período da noite. Hoje, estava a aproveitar para recompor as energias, mas tive que sair de imediato para evitar o pior", desabafa a cidadã de 38 anos de Idade, moradora do terceiro andar.
O proprietário de um dos apartamentos, Pedro Victor, diz ter sido alertado por outro inquilino e optou por sair de imediato por saber do estado crítico do edifício.
Explica, no entanto, que uma comissão radiografou o lote no mês de Marco, sem apresentar um parecer aos moradores.
Erlander Van Dúnem, mecânico, foi testemunha do estremecimento do prédio, adiantando que as fissuras já são visíveis na parte inferior da estrutura há muito tempo.
"Esses prédios já estão velhos. As fissuras estão a consumir o lote e isto já tinha de ter sido resolvido", manifesta um morador nas redes sociais.
Até agora, não se sabe onde os moradores serão alojados.
O Novo Jornal procurou ouvir as autoridades presentes no local, mas a resposta foi que só mais tarde após uma análise mais aturada, será feito um ponto da situação.
Este episódio no Prenda fez os moradores do lote 1 recordar com visível tensão o que sucedeu há cerca de três semanas, na Av. Comandante Valódia, onde o colapso do Prédio 41 lançou um forte alerta para a situação em que se encontram centenas de edifícios na cidade de Luanda. (ver links em baixo nesta página)