Foi perto das 18:00 de Domingo que o caos voltou a instalar-se em Luanda, ao longo da Via Expressa, ou Av. Fidel de Castro, ao longo da Pedonal da Mutamba, tendo, além da morte do jovem, ficado ferido com gravidade o agente da polícia que fez o disparo fatal devido a agressões dos populares que estavam presentes. Segundo a PN, a bala disparada para o ar fez ricochete e foi embater na vítima,

Após este incidente, centenas de jovens reagiram cortando esta via, uma das principais ligações entre os municípios da periferia de Luanda, tendo a polícia enviado reforços para o local, o que não só permitiu reabrir a Via Expressa como impediu que, por exemplo, viaturas e um autocarro fossem incendiados ou a esquadra mais próxima, da Engevia, fosse invadida.

Rapidamente as redes sociais foram invadidas por vídeos do local dos tumultos, o que fez regressar à memória colectiva os distúrbios ocorridas a 10 de Janeiro, aquando da greve dos taxistas, dia em que foram, entre outras manifestações de vandalismo, destruída parcialmente uma sede local do MPLA no Benfica, incendiado um autocarro e cortadas estradas durante várias horas.

O jovem morto era um cobrador de táxi, residente no Bairro Vila Flor, sendo que, na altura estava a conduzir uma motorizada.

Foi depois deste se envolver numa disputa com outro jovem que a polícia interveio. E foi quando os três agentes presentes procuraram conduzir os dois jovens à esquadra da Engevia, a mais próxima do local do incidente, que, segundo a PN, após resistência, um dos agentes efectuou o disparo fatal.

Perante esta morte, algumas centenas de cidadãos que estavam nas imediações, começaram a destruir bens públicos e, como os vídeos dispersos pelas redes sociais demonstram, ocorreu uma tentativa de queimar um autocarro e pneus foram incendiados na Via Expressa.

Os tumultos duraram pouco mais de uma hora, tendo estes controlados com o envio de reforços pela Polícia Nacional para a zona problemática.