A informação foi avançada pelo chefe da área de comunicação institucional e imprensa do Serviço de Investigação Criminal em Malanje, Augusto Barros André, assegurando que os lesados são crentes desta igreja.

Tudo começou no bairro da Canambua, município sede, quando a mulher, de 56 anos, enfermeira de profissão, anunciou durante o culto que tem facilidade de enquadrar os militares (crentes) que ainda não foram inseridos na caixa social das FAA.

E para dar entrada aos processos, pediu aos interessados que levassem à sua residência uma cópia do bilhete de identidade e 215 mil kz. Quem não tivesse esta quantidade no momento, poderia dar no mínimo 20 mil kz.

Depois do culto, os efectivos das FAA organizaram-se e levaram até à casa da pastora 69 processos com algum dinheiro no sentido de dar entrada aos documentos.

Mas o esquema não passava de uma burla, tendo a mulher recebido das mãos dos indivíduos um total de um milhão e 126 mil kwanzas.

A detenção da pastora ocorreu por intermédio de uma denúncia anónima efectuada ao SIC-Malanje.

Os oficiais deslocaram-se até à residência da enfermeira que foi encontrada com diversos processos, incluindo talões de depósitos feitos na conta bancária de um "sócio".

A acusada foi detida no último Domingo e será encaminhada para o juiz de garantia, enquanto as investigações prosseguem no sentido de se localizar os demais envolvidos neste esquema.