Aos 36 anos, o jornalista, que disputou o galardão com outros 25 finalistas, sagrou-se vencedor com uma reportagem sobre uma intensa jornada na zona do Tapo, a Sul de Luanda, em que governantes, ambientalistas e moradores da comunidade local se unem pela reflorestação dos mangais, ecossistemas naturais onde crescem plantas que funcionam como "respirador do mar", sendo, por isso, fundamentais na protecção contra calemas, por exemplo.

Na breve nota de fundamentação, o júri classifica a peça de Victória Maviluka como "uma abordagem de elevada qualidade, ampla e profunda, apresentada em forma de dossier, sobre um tema de extrema importância para a conservação do meio-ambiente, que é o cuidado a ter com os mangais e a forma como Angola tem tratado do assunto".

Na categoria de imprensa, o NJ conquistou ainda o segundo lugar, com a jornalista Teresa Fukiady, de 30 anos, que concorreu com uma peça intitulada "Vitiligo: uma condição tornada doença pelo preconceito e desconhecimento".

Na categoria de Televisão, o prémio foi para Isidro Sanhanga, de 58 anos, jornalista da Televisão Pública de Angola (TPA), com a peça "Angola/Cabo Verde: Unidos pela língua, sangue e cultura".

Dito Tavares, da Rádio Malanje, com a peça "Reconstrução da Estrada Nacional 230 Malanje/Saurimo: Nova expectativa na vida de milhares de angolanos", venceu na respectiva categoria, ao passo que António Soares, de 34 anos, do Jornal de Angola, arrebatou o prémio da categoria de Fotojornalismo, com a peça "Dolisie, onde os guerrilheiros forjaram a luta".

Ao todo, o Prémio Nacional de Jornalismo 2022 teve 69 participantes, sendo 26 na categoria Imprensa, 18 na de Rádio, 18 na de Televisão e sete na de Fotojornalismo.

O Novo Jornal, na categoria de Imprensa, colocou cinco finalistas e, em Fotojornalismo, um.

Os primeiros classificados levam um prémio monetário cujo valor, para já, ainda não foi divulgado.