O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) afirma que os media públicos são uma extensão das actividades do Governo e, enquanto não houver uma reestruturação profunda na relação entre o Titular do Poder Executivo e a imprensa pública, não existirá independência dos órgãos.
Em reacção ao relatório trimestral de monitorização da imprensa angolana, elaborado pelo movimento cívico "MUDEI", o secretário-geral do SJA, Teixeira Cândido, sublinha que "não é possível assegurar a independência dos media públicos enquanto o Titular do Poder Executivo continuar a nomear os gestores desses órgãos".
O sindicalista citou os casos de Portugal e de Cabo Verde, onde o Presidente da República não tem interferência na gestão dos órgãos. "Quem nomeia o Conselho de Administração da Televisão Pública cabo-verdiana não é o Presidente da República nem o primeiro-ministro, nem a Assembleia da República, mas, sim, um órgão designado por um conselho independente, integrado por representantes dos trabalhadores, académicos e das organizações da sociedade civil".

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