O drama das valas de drenagem que "devoram" vidas e destroem residências, em Luanda, continua e a solução parece ter dois pesos e duas medidas. Quem o diz são os luandenses, muitos dos quais com episódio de ver vizinhos a perderem a vida e casas a serem "levadas" pela força das águas das chuvas.

Valas "carregadas" com grandes quantidades de resíduos sólidos e sarjetas entupidas é o cenário horror que se observa no sistema de drenagem nas zonas suburbanas de Luanda. Os munícipes dizem temer que o horror das valas de drenagem por falta de limpeza ou manutenção regular se transforme em terror, já que estamos em época chuvosa.

Com residências próximas, a vala do Catinton encontra-se com enorme quantidade de lixo e areia, enquanto a ponte que liga esta localidade ao distrito urbano da Maianga e ao Golf está degradada, dificultando a circulação dos meios motorizados e munícipes. Segundo moradores ouvidos pelo NJ, sempre que chove, a circulação é cortada por longos dias e as pessoas são forçadas a procurar outros pontos para chegarem a outra margem da vala. Além disso, as águas das chuvas e o cheiro nauseabundo invadem as residências e, muitas vezes, alguns moradores, por segurança, abandonam as habitações, refugiando-se em casas de familiares.

Num espaço de quase 500 metros quadrados, a população, sem esperança da recolha dos resíduos sólidos que se encontram nas margens do "rio" do Catinton, ateia fogo nos amontoados de lixo e toda a fumaça invade as casas, causando, segundo munícipes, vários problemas respiratórios.

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