Esta situação deixou a DTSR de mãos atadas, o que faz com que não esteja a emitir documentos aos utentes desde o ano passado.
Segundo a DTSR, o acordo de rescisão previa a passagem de todo o sistema de produção dos documentos para a Polícia Nacional, mas até agora a empresa Bullray recusa-se a fazê-la.
Como consequência, milhares de cidadãos aguardam pela carta de condução, e, entre outros documentos, o título de propriedade.
Em declarações à imprensa esta terça-feira,15, o director da DTSR, comissário Abel Baptista, assegura que há resistência da parte de empresa Bullray, o que faz com que haja morosidade na entrega da carta de condução.
"O processo de negociação já começou, mas infelizmente não temos encontrado "feedback" da parte da empresa, no entanto, sobre esse quesito, foram baixadas orientações precisas que vamos trabalhar e depois manteremos um encontro com a empresa provedora de todo o sistema, a DTSR", disse.
Conforme o director geral da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária, o problema da resistência por parte da empresa Bullray vai agora ser tratado "ao mais alto nível", no sentido de se ver resolvida a situação.
Entretanto, fontes do Novo Jornal asseguram que a Polícia Nacional possuiu uma elevada dívida com a Bullray, que detém o monopólio do fornecimento de material para a produção da carta de condução no país, daí a empresa condicionar a entrega de todo o sistema tecnológico para produção de documento à DTSR.
Manuel Homem, o ministro do Interior, disse esta terça-feira, aquando da visita de trabalho a este órgão, ser necessário a DTSR ultrapassar este constrangimento.
O Novo Jornal soube que Ministério do Interior irá oportunamente emitir um pronunciamento sobre este assunto.