O Instituto Nacional de Investigação Pesqueira e Marinha (INIPM) foi notificado pelo comando da Polícia Fiscal Marítima da Ilha de Luanda sobre a ocorrência de peixes mortos na Baía de Luanda na quarta-feira, às 07:30.
A equipa técnica do INIPM deslocou-se ao local da ocorrência e recolheu amostras de peixes e água para tentar identificar as causas da mortandade. O resultado foi agora conhecido: A água da baía atingiu concentrações de oxigénio inferiores a 1.164 ml/L, quando o valor mínimo para a preservação da vida aquática é de 5,0 ml/L.
Segundo a investigação do instituto do Ministério da Agricultura e Pescas, foram afectadas maioritariamente as espécies mariquita, galucho, peixe prata, tainha, palheta e salmonete, todas típicas da Baía de Luanda.
O relatório refere que, "nesta altura do ano (tempo de cacimbo/frio), é frequente em Angola registarem-se ventos fracos e, como consequência, dificuldades na mistura das massas, levando à estagnação e redução dos níveis do oxigénio dissolvido".
O INIPM apelou à população para que não comercialize e consuma pescado capturado na Baía de Luanda, sublinhando que continuará a monitorar o ambiente da área para, no futuro, em colaboração com outras entidades, estabelecer um sistema de alerta.
Entretanto, o administrador do bairro da Ilha do Cabo, Paulo Neto, informou que a situação está controlada e, fruto do trabalho com a fiscalização e as comissões de moradores, foi possível evitar a recolha e venda do peixe, por parte dos pescadores e das peixeiras.