Longe de ser uma actividade que se limite exclusivamente a fazer rir, o humor também deve abarcar a componente de reflexão, pelo que os seus fazedores precisam de ter "cuidado" com os conteúdos sobre os quais fazem as suas piadas. O alerta vem de três conhecidos humoristas angolanos, Costa Vilola, Tiago Costa e Edgar Simone Tchipoia «Kotingo», que se mostram "bastante preocupados com o andamento desse ramo da «indústria do entretenimento» no País.

Por exemplo, o humorista Kotingo, em breves declarações ao Novo Jornal, considera que, mesmo nos casos daqueles que sejam profissionais, os artistas são todos seres humanos e, por isso, aconselha os fazedores dessa arte a "não serem desrespeitosos para com os outros", pois, explica o jovem artista, "estar por cima de um palco não atribui maior grau de importância a ninguém". Aliás, prossegue Kotingo, "sofremos todos da mesma forma".

O humorista adverte ainda os seus colegas da nova geração a não optarem por mensagens apologistas à discriminação, xenofobia, homofobia e outros "males susceptíveis de gerarem intolerância".

" Enquanto artista, ser proibido de fazer algumas coisas é como perder a liberdade de se expressar, mas fazer humor para diminuir alguém é pior ainda", refere Kotingo, que assume já se ter sentido mal com esse cenário que considera ser "negativo".

Mas, os três artistas ouvidos pelo Novo Jornal não se limitam a lançar alertas. Tiago Costa, por exemplo, sublinha a necessidade de se incentivar o surgimento de novos talentos, reconhecendo-lhes as qualidades ao mesmo tempo que se lhes corrigem os eventuais erros e falhas.

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