Sob olhar surpreso e pouco impávido de quatro turistas, três deles sentados num banco de espera enviesado defronte à vista da recepcionista, a senhora, em pé, tinha, com exalava alguma apreensão, parecia a guia. Talvez esperassem pelos outros ou ainda estariam a digerir o porquê que uma estrutura daquelas, com grande peso histórico, estava às moscas a meio da tarde de terça-feira, em tempo de férias dos alunos. Para já, parece ser inverosímil que o preço do bilhete, de 275 Kz, seja o motivo da pouca concorrência. Para além dos turistas, durante quase duas horas, apenas entrou um casal com os seus dois filhos adolescentes.

Em geral, a iluminação das cabines, onde estão à mostra as peças, é o golpe de misericórdia. Os cenários das cabines de exposição encontram-se, grosso-modo, em boas condições, com uma vista atractiva, iluminação adequada. Os cenários de peixe fazem lembrar o aquário, mas apenas na imaginação, porque os aquários já estão obsoletos, reclamando pela reposição à normalidade.

As manchas sobre as paredes maioritariamente amarelas e verdes estão em franco crescimento, prestes a apanhar a precária instalação, de embrulhos de fios e tomadas à vista. Nos corredores salta à vista a cabelagem de electricidade e antena parabólica que pulam de uma sala para a outra, parecendo puxada ou gato, que recordam as emendas feitas nos telhados no tempo da instabilidade da corrente eléctrica.

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