Mira Amaral, cujo mandato à frente da instituição terminou em Dezembro último, respondia ao online do Novo Jornal acerca de notícias distribuídas pela comunicação social portuguesa que dão como certo que o Banco de Portugal (BdP) recusou dar o estatuto de idoneidade à nova equipa de gestores do BIC em Portugal, onde se inclui Isabel dos Santos.
"A questão da nomeação dos novos órgãos sociais do banco é um assunto entre os meus accionistas e o Banco de Portugal", disse, esclarecendo apenas que, enquanto os novos órgãos sociais não entrarem em funções, continuará a "assegurar calma e tranquilamente a gestão" da instituição bancária.
A imprensa portuguesa está a associar à recusa do regulador a decisão da Santoro Finance, da empresária Isabel dos Santos, em romper o acordo com os catalães do CaixaBank sobre o futuro accionista do BPI, anunciado no passado dia 10.
O jornalista e subdirector da SIC José Gomes Ferreira disse ontem, domingo, que “Isabel dos Santos pôs como condição para fechar a negociação com os espanhóis do CaixaBank, haver uma aceitação da nova equipa de gestão do banco BIC em Portugal”.
Por sua vez, o diário Público escreveu, peremptoriamente: "A empresária retirou apoio ao acordo com o Caixabank sobre o BPI depois de o BdP lhe ter comunicado, já esta semana e pessoalmente, que não lhe dava o registo de idoneidade para exercer funções na administração do BIC Portugal, onde é a maior accionista", adiantando que “a decisão extrema" do regulador "estende-se a outros gestores do BIC, que pediram também o registo da idoneidade".
Os nomes que terão sido propostos para a liderança do BIC são os de Fernando Teles para presidente, Jaime Pereira, para presidente executivo, e o da própria Isabel dos Santos para administradora não executiva.
O online do Novo Jornal já solicitou esclarecimentos sobre esta matéria ao gabinete de imprensa do BdP, aguardando uma resposta.