Na Nigéria para participar num workshop sobre a optimização de coordenação interinstitucional no âmbito da segurança marítima - Ooganizado pelo Centro de Estudos Estratégicos Africanos - o responsável defendeu a necessidade de se sensibilizar os líderes políticos para a relação entre segurança marítima e desenvolvimento económico.

"É importante pelo facto de o comércio internacional, quer por via marítima quer fluvial, desempenhar um papel crucial em mais de 90% das importações e exportações entre as nações africanas", assinalou Francisco da Cruz.

Em declarações à Angop, o diplomata adiantou que dados da Organização Marítima Internacional apontam para um aumento de 36% nas denúncias de incidentes de pirataria no Golfo da Guiné desde o início de 2016, em comparação com o mesmo período do ano passado.

As estatísticas indicam ainda que este ano a região concentra 40% dos casos de pirataria e de assaltos à mão armada no mar ocorridos em todo o mundo.

Por isso, Francisco da Cruz destaca a necessidade de os Estados africanos desenvolverem "estratégias marítimas complementares - a nível nacional, regional e continental - para a consecução de metas e objectivos comuns, incluindo a protecção do espaço marítimo, a prevenção de riscos, a identificação de ameaças, respostas coordenadas, responsabilização legal, a cooperação efectiva, a partilha de informações e uma distribuição adequada e pragmática de recursos".

Para além do responsável do MIREX, a delegação angolana integra elementos dos ministérios das Pescas, Transportes e da Comunicação Social.

À comitiva nacional juntam-se representantes do Benim, Camarões, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné, Libéria, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa e Togo.